sexta-feira, 23 de julho de 2010

Como as redes sociais podem ajudar alguns professores ? E aborrecer outros !

Em uma conferência que ocorreu nos Estados Unidos, centenas de professores lotaram as salas para aprender a usar o FaceBook, Twitter e Youtube. Durante as discussões, muitos levantaram a questão da privacidade associadas as redes sociais.

Uma palestra realizada sobre o Facebook, deixou o auditório lotado, inclusive com pessoas espalhadas pelos corredores próximos. Um dos benefícios desta popular rede social, ao contrário de sistemas de gerenciamento de cursos como o BlackBoard, é que os alunos já dominam a ferramenta, diz a palestrante Denise Knowles, especialista em aplicações web. Ela incentiva os professores a usar o FaceBook para enviar convites dos seus cursos e planejar atividades onde os alunos possam responder usando o serviço.

Ela também recomenda que o professor configure duas contas no Facebook, uma para para se comunicar com os estudantes, e outra para assuntos pessoais. Desta forma, o professor consegue manter claramente sua identidade profissional separando aspectos importantes de cada uma delas. “Nós precisamos de privacidade”, diz a palestrante, “Eu não quero algumas pessoas olhando as fotos dos meus filhos, e não quero que as pessoas fiquem vendo fotos da minha vida”.

Entretanto, nem todos são cautelosos. Tanya M. Joosten, professora do departamento de comunicação da Universidade de Wisconsin, informou o endereço de seu facebook durante sua palestra. Ela disse que utiliza os recursos de configuração de privacidade para separar o que os “amigos” podem ver, e ela sugere que os professores configurem uma página separada do Facebook para seus cursos, a qual os alunos poderão se conectar sem ver as informações pessoais do professor, ou outros que linkarem sua página. Em seguida, o professor pode postar suas atualizações dos cursos na página do facebook, a qual será capturada automaticamente pelos alunos que o seguem.

3 idéias incomuns

Este ano a conferência tratou de 3 temas: o uso das tecnologias móveis como o iphone; video online e outras ferramentas de banda larga; e plataformas de redes sociais como o facebook, disse Jeremy W. Kemp, vice-presidente da conferência e professor da Universidade Estadual de San Jose.

Entre as sugestões mais incomuns durante as apresentações:

1.Peça aos alunos para criar regras e exercícios no Facebook e Twitter. Por exemplo, estudantes de história americana poderiam ser exigidos que configurem a página principal do facebook com figuras histórias e periodicamente atualizem seu status com frases de pessoas famosas. De maneira semelhante, a Universidade Estadual de Utah organiza uma simulação da Guerra Civil pelo Twitter.

2.Aprender a como usar os recursos de acompanhamento do Youtube, para ver quantos estudantes estão sintonizados nos vídeos postados pelos professores. Sam McGuire, um professor assistente de música da Universidade do Colorado em Denver, disse que ao faze-lo, ele aprendeu que alguns estudantes voltavam meses depois para assistir aos vídeos.

3.Peça aos estudantes para criar vídeos de um minuto como lembretes do que foi visto em aulas com ferramentas gratuitas como o Eyejot, Traci LaBarbera Stromie, designer instrucional da Universidade Estadual Kennesaw, perto de Atlanta, disse que as video mensagens, ao invés de lembretes de email, mantém os alunos mais comprometidos com a aula.

Tecnologia não é igual a aprendizagem

Alguns participantes salientaram que há um perigo em que alguns professores podem usar novas tecnologias apenas porque são interessante, e não por qualquer objetivo específico de aprendizagem.

“Todos falam sobre o uso das tecnologias, mas qual é o efeito sobre a aprendizagem”, diz Shari McCurdy Smith, diretor associado do Centro de Educação online, pesquisa e serviço da Universidade de Illinois, em Springfield, em uma entrevista após a palestra sobre o Facebook, “Eu acho que isso é uma grande preocupação”.

Ela disse que ela tem algumas evidências que a tecnologia está melhorando a aprendizagem, mas mais pesquisas devem ser feitas.

Embora tenha ficado surpresa com o interesse e participação na palestrado do facebook, há poucos anos atrás muitos professores se queixavam sobre o tempo que os alunos gastavam utilizando o serviço.

Por Jeffrey R. Young, San José, Califórnia.

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